1) Simpatia vale mais que educação:
Não sei se isso ocorre apenas na "Terra do dendê e do Axé", mas há uma ideia amplamente difundida de que não importa o quão sem educação ou etiqueta seja uma pessoa contanto que ela seja "pra cima" e extrovertida. Essa "teoria social" qualifica aquele seu tio oleoso que arrota à mesa e não tem um pingo de descrição e aqueles seus primos de 19º grau que acham que são seus parentes e dão vechame nas festa de família, falando alto e rindo ostensvamente acima do seu colega de sala que, não gostando de você, te deseja "um bom dia" e não troca mais uma palavra com você e daquele seu amigo introspectivo que não se solta quando está entre desconhecidos. Eu discordo completamente dessa tese; primeiro porque eu sou tímido, frio e um tanto quanto metido (não me "misturo" e acabou) e não acho que isso seja da conta de ninguém, segundo porque não vou rir dos arrotos de um fulano só porque todo mundo o acha descolado e popular e terceiro e mais importanate porque falta de educação é agressivo e por mais que ser ignorado não agrade a muita gente é muito mais aceitável que ser "incluído" na panelinha que não lhe convém
2) Sexo é o objetivo de tudo:
ok, nossos "máquinas programadas para passaer genes adiante" (valeu Dawkins), mas isso não quer dizer que devemos pensar 24h do dia em sexo e nos meios de obtê-lo. Odeio gente que sai "pra caçar" e não pra se divertir e, se surgir alguém legal, quem sabe ficar com alguém (sem grilo, sem competição, sem "sou o pica de mel", sem "vc é frutinha" - Theo Becker feelings -, sem esse excesso de promiscuidade e auto-afrimação); tentem pelo amor de Zeus encarar o sexo com um pingo de naturalidade e pensar em outras coisas só por um tempo, chega dessa ditadura do sexo, sejam menos pronográficos e mais eróticos.
3) Sou adolescente, não posso pensar:
A Globo realmente chegou onde queria ao criar malhação, agora milões de jovens no Brasil acham que adolescência é aquilo e quando saem da pré-adolescência para a verdadeira juventude tentam reproduzir toda aquela futilidade, pseudo-engajamento e chatisse dos mocinhos e vilões da "novela teen" (O próprio termo teen me incomoda bastante). Eu me sinto aviltado quando vou ao cinema e tenho que me deparar com gente "zoando" (SEUS IDIOTAS, SE QUEREM BATER PAPO, SENTEM NA PORRA DA PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO E VÃO BATER PAPO, SE CHUPAR, BATER PUNHETA NOS SEUS NAMORADOS...), e essa gente é em 80% dos casos da minha idade e acha que "zoar" no cinema é a prova de que você não liga, ou seja é descolado (VÃO SER DESCOLADOS NA CASA DA PUTA QUE OS PARIU E NÃO NA MINHA FRENTE, SEUS CUZÕES DE MERDA, SEUS CHERATACA, SEUS SABE ZEUS O QUÊ). Essa estupidez de que ser adolescente é "zoar" foi criada para que nós nunca lutássemos por nada, que não abríssemos um livro ou víssemos um filme de arte; para que fiquemos sempre alienados e deixemos o sistema reinar, pra que no máximo pintemos nossos cabelos de rosa e nos vistamos de preto pra dizer "we don't care", para que amemos nossos algozes e sejamos obrigados a uma felicidade de comercial de manteiga, na frente de nossas tevês gigantes.
4) Se você não acredita é pouco humilde:
É exatamente assim "você não acredita, mas existe" "claro que não, eu não acredito, você acredita, ponto." "mas se ninguém pode saber se é veradde ou não você é pouco humilde em negar o que eu creio" "comofas". Esse povo é um cu, mesmo. Se você não crê em astrologia, vidência, vida após a morte, deus(es) etc, mesmo que de forma altamente racional e admitindo que é "altmente improvável, mas não impossível" você é quase Hitler, mas se você acredita em tudo isso e diz "vc pode não crêr, mas é real", não, de froma alguma está tentando impor seu ponto de vista.
depois falo mais. a inspiração foi embora
